Alegrete

Inserida em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, a uma altitude de 500 m, a freguesia de Alegrete caracteriza-se por uma enorme diversidade geológica, paisagística, faunística e florística.

Aqui há vestígios de povoamentos que remontam ao paleolítico, com destaque para uma jazida pré-histórica no Porto da Bôga e para uma anta na Herdade da Falagueira.

Apesar das fontes escritas só fazerem referência a Alegrete a partir da Reconquista Cristã, acredita-se que origem da vila é mais remota. Terá sido devastada pelos Vândalos durante a primeira metade do séc. V, sendo o fim desta devastação associado à chegada dos Alanos, que foram responsáveis pela sua reedificação e repovoamento. É conquistada e ocupada pelo Mouros do séc. VIII até 1160. Presumivelmente o castelo, que se constitui numa das mais importantes fortificações do Alto Alentejo raiano, e peça fundamental no sistema defensivo da região, remonta ao tempo de D. Diniz, que lhe deu foral em 1319.

Há um outro foral, assinado por D. Manuel I, datada do 1516.

Vila antiga, tinha voto em Corte com assento no banco nº 10. Tinha ainda o privilégio, confirmado até D. João V, de não dar soldados, com a obrigação de defenderam a praça dos castelhanos.
Até 1855 foi sede de concelho.

Locais a visitar:

A Capela de São Pedro, datada do séc. XV é o edifício religioso mais antigo da vila. A igreja paroquial é do século XVI.

Situada no Largo da Igreja, na zona superior da vila e no interior das muralhas do antigo burgo medieval, a Igreja Matriz de Alegrete, de estilo maneirista, foi edificada no séc. XVII. Da mesma época, a Igreja da Misericórdia é composta por uma única nave com três altares e diversas imagens.

Pertencente à antiga câmara municipal, a Torre do Relógio de Alegrete, erguida no século XVII, constitui-se num dos edifícios mais emblemáticos da Vila, pois têm a particularidade da sua torre ter sido erguida em cantaria.

Vila histórica e turística, tem muitos pontos de interesse histórico e arquitetónico. Apesar da aparente simplicidade das casas é possível encontrar algumas portas em estilo gótico.

Já fora do povoado, perto de Besteiros, foi construída encastrada numa rocha, em plena Serra de São Mamede, a Capela da Nossa Senhora da Lapa. Presume-se que a sua existência esteja associada a uma lenda de um cavaleiro do período medieval. Através de uma antiga passagem secreta situada sob o altar desta capela, consegue-se ter acesso a uma gruta com pinturas rupestres, provavelmente com cerca de 5000 anos, remontando ao Neolítico e ao Calcolítico.

Alegrete tem um conjunto de Fontes e fontanários merecedores de referência:

Fonte em Baixo, junto à ribeira do Caia, foi erguido em pedra e recentemente restaurado.

Fonte Nova, junto à ribeira de Ninho de Açor, erguido em pedra, também foi recentemente restaurado.

Fonte da Praça, no Largo da Praça, de traça simples, possui uma base retangular e é rematado por um frontão redondo, semelhante ao existente nas casas de habitação. De salientar que é a única que possui iluminação, fato que poderá estar relacionado com a importância do local onde se encontra.

Fonte da Carreira, na Rua Trincheira da Carreira, é datada de 1906. Apresenta dois nichos em forma de arco ogival com portas, que ladeiam a fonte de granito.
A vila possui ainda a Fonte do Outeiro e a Fonte da Bica.

A Cascata da Ribeira de Arronches também chamada de Pego do Inferno, é um sítio de uma beleza surpreendente onde a água cai sobre uma espécie de concha rochosa com uma grande capacidade de armazenamento.

População: 1414 (censos 2021)

Área da freguesia: 87,38 km²

Contactos:
Junta de Freguesia de Alegrete
Morada: Largo do Espírito Santo, 1
7300-311 Alegrete
horário: das 9h00 às 16h00 (aberta à hora de almoço)
Telf: + 351 245 965 134
e-mail: geral@alegrete.pt
site: www.alegrete.pt