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Os jardins da Avenida da Liberdade e da Corredoura, influenciaram a evolução e expansão da urbe, particularmente nos últimos cem anos, tanto a nível de equilíbrio entre o edificado e o não edificado da malha urbana, como na forma de ocupação dos espaços livres.
Ambos os jardins estão localizados no centro da cidade, integram um contexto urbano assente sobre uma espécie de platô, o qual é delimitado por duas serras, a Serra de São Mamede e a Serra da Penha.
Em termos fisiográficos, refira-se que ambos se inserem em zonas com características morfológicas semelhantes a plataformas de inclinações suaves.
Os dois espaços abertos que constituem os jardins da Corredoura e da Avenida da Liberdade fazem parte da Estrutura Ecológica Municipal Fundamental.
O arvoredo de cada um deles presta importantes serviços ecológicos e climáticos à cidade.
De uma maneira geral, estes espaço abertos por si só já revelam aptidões lúdico-recreativas, potencializadas pelos conjuntos arbóreos de valor patrimonial que ambos apresentam e pelo simbolismo associado aos vários momentos da sua existência enquanto espaços de utilização coletiva. Se os espaços construídos constituem a interiorização da vida urbana – o local dedicado ao indivíduo, os espaços exteriores surgem como complemento das edificações fundamentais à vida social, e é a conjugação das edificações com os espaços exteriores públicos que corresponde ao tecido urbano.
No que concerne ao Jardim da Avenida da Liberdade, antigo passeio público, e no que à componente arquitetónica diz respeito, este espaço amplo e envolvente ao antigo Rossio do Espirito Santo, é ladeado por um tecido edificado que, maioritariamente, é composto por elegantes construções residenciais dispostas, de forma harmoniosa, ao longo de uma plataforma inclinada, destacando-se o conjunto de casas modernistas da Avenida da Liberdade, o Palácio Póvoas, a antiga igreja do Espirito Santo e o Antigo Hospital da Misericórdia, o antigo Palácio da Justiça, e, por último, o monumento aos Combatentes da Grande Guerra, erigido em pleno jardim.
Foi palco de mercados, feiras e de frequentes encontros entre coletividades, sendo que a sua ligação aos diversos momentos históricos que se viveram em Portalegre, é muito importante, pois o “peso simbólico” que contém, associado à memória coletiva dos portalegrenses que por ali passaram, é relevante.
O Jardim da Avenida da Liberdade acompanhou, funcional e formalmente, a mudança dos tempos, as diferentes tendências das vivências de rua, mudando de praxis, o crescimento urbano (em particular dos séculos XIX e XX) do centro da cidade e a consolidação da zona do rossio, tornou-o no que é hoje, um ponto de visita/estadia, de extrema centralidade e de fruição.
A última intervenção no Jardim da Avenida da Liberdade, cuja área perfaz 21.845 m², data de 2006 e foi levada a cabo no âmbito do Programa Polis, a qual foi projetada pelo arquiteto paisagista Carlos Manuel Correia Dias. A anterior, dos anos sessenta do século XX, foi desenvolvida pelo arquiteto paisagista Albano Castelo Branco.
De um modo geral, foram mantidas as características formais e materiais de alguns espaços.
A abordagem adotada pautou-se por um espírito de “restauro crítico” numa ótica de atualização com a consequente apropriação aos usos urbanos atuais, tendo sido recriadas ambiências intimistas, comuns nos jardins contemporâneos.
Relativamente à requalificação propriamente dita, importa referir que foram implementadas as seguintes intervenções:
– Introdução de intimidade e conforto, segurança e capacidade de utilização ao relvado, pela oposição de um relevo ondulado que a delimita perifericamente;
– As circulações pedonais transversais deambulantes deram lugar a alinhamentos urbanos diretos de referência e com contexto funcional;
– Os passeios foram deslocados para a periferia pela retificação da circulação pedonal longitudinal;
– A linha de água existente foi recuperada;
– O troço de Jardim entre o Monumento aos Combatentes e o Plátano foi reabilitado;
– A vegetação arbórea e arbustiva de valor assinalável foi mantida;
– O sistema de infraestruturas, bem como do mobiliário urbano e pavimentos foram revistos.
Quanto ao Jardim da Corredoura, importa referir que o mesmo, para além de funcionar como eixo de ligação a uma zona residencial e de serviços, funcionando, há muito, como acesso ao atual Paços do Concelho, ao Mosteiro de São Bernardo, ao Mercado Municipal e a escolas diversas, assume-se como uma zona de recreio e de realização de diversos eventos culturais.
Anteriormente designado de “Parque Miguel Bombarda”, e antes, de “Cidade Jardim”, onde se inseria a via de acesso ao centro histórico, permitia a ligação aos conventos que se situavam extra-muros, nomeadamente o Mosteiro de São Bernardo, o Antigo Colégio de São Sebastião (convento de jesuítas) e o Convento de Santo António.
No final do século XIX, princípio do século XX, o Parque Miguel Bombarda, a Corredoura de Cima e a Corredoura de Baixo, sofreram algumas alterações, mas a avenida central da chamada “cidade – jardim”, tem-se mantido na sua essência, isto é, a sua largura e a sua delimitação bilateral, continua igual mas mais majestosa, a alameda de plátanos é a mesma mas mais envelhecida.
Em 1944, Francisco Caldeira Cabral interveio neste jardim, tendo reforçado essa mesma alameda e mandado plantar mais exemplares arbóreos dessa espécie. Nos dias de hoje, ainda se mantêm muitos dos elementos que fizeram parte do seu projeto.
Até 2006, este jardim público era dividido por um arruamento, que separava a Corredoura de Cima da Corredoura de Baixo. Originalmente de traça neorromântica, com 31.430 m² área, situado na União de freguesias de Sé e São Lourenço, foi intervencionado em 2006, no âmbito do Programa Polis e em conformidade com o definido no projeto da arquiteta paisagista Teresa Alfaiate.
A intervenção incluiu:
– Ligação das antigas Corredouras de Baixo e de Cima;
– Criação de uma nova rede de caminhos pedonais;
– Implantação de grandes superfícies de relvados, salvaguardando a morfologia existente;
– Requalificação da Alameda dos Plátanos, completando-a e adequando a sua pavimentação ao uso pedonal;
– Salvaguarda do estrato arbóreo existente;
– Execução de dois tanques e caleira em forma de queda de água;
– Introdução de mobiliário urbano de apoio à estadia;
– Execução de muros de pedra de suporte, delimitação e compartimentação de espaços;
– Demolição de antigas construções;
– Instalação de iluminação em todo o jardim.
Anos mais tarde, em 2021, foi construído um skate park. Esta intervenção foi pensada para uma faixa etária mais jovem, de forma a criar um espaço ao ar livre, seguro e com todas as condições, para a prática de um desporto em franco desenvolvimento no país e no mundo, tornando também o Jardim da Corredoura um lugar ainda mais atrativo, acrescentando outro espaço de lazer a este local icónico da cidade.
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